Pensamentos suicidas: por que ouvir pode salvar vidas
- Rafael Maisonnette de Araujo
- 24 de fev.
- 2 min de leitura
Atualizado: 3 de mar.

Falar sobre pensamentos suicidas ainda é um tabu, mas ignorar ou minimizar esses relatos pode ter consequências graves. Amigos e familiares desempenham um papel fundamental ao oferecer acolhimento e apoio àqueles que estão em sofrimento. Saber ouvir, perguntar de forma direta e incentivar a busca por ajuda profissional são atitudes que podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
O perigo do silêncio
Muitas pessoas que enfrentam pensamentos suicidas sentem que não podem compartilhar seu sofrimento, seja por medo de julgamento, vergonha ou porque acreditam que ninguém entenderia. No entanto, a falta de comunicação agrava ainda mais a dor emocional. Estudos mostram que falar sobre suicídio não induz alguém a tentar tirar a própria vida, mas pode, na verdade, aliviar o peso do sofrimento e facilitar o acesso a ajuda profissional.
Como agir diante de alguém com pensamentos suicidas?
Esteja atento: Mudanças bruscas de comportamento, isolamento, falas pessimistas ou distribuição de pertences importantes podem ser sinais de alerta.
Pergunte de forma direta e acolhedora: Não tenha medo de perguntar se a pessoa tem pensamentos suicidas. Questões como "Você tem pensado em morrer?" ou "Tem vontade de acabar com a própria vida?" ajudam a abrir um espaço seguro para o diálogo.
Escute atentamente, sem julgamentos: Muitas vezes, a pessoa precisa apenas ser ouvida. Evite frases como "Isso é só uma fase" ou "Tem gente em situação pior".
Não negligencie um pedido de ajuda: Expressar pensamentos suicidas não é uma forma de "chamar atenção", mas sim um sinal de sofrimento intenso que precisa ser levado a sério.
Seja paciente e ofereça suporte contínuo: O sofrimento psíquico não desaparece rapidamente, e a pessoa pode precisar de apoio ao longo do tempo.
Incentive a busca por ajuda profissional: Psicólogos e psiquiatras são essenciais no tratamento da ideação suicida. Em casos de risco iminente, a internação pode ser necessária, principalmente se já houveram tentativas anteriores ou sinais de agravamento do quadro.
Quando a internação é necessária?
Em alguns casos, a internação psiquiátrica se torna a melhor alternativa para garantir a segurança do paciente. Isso é especialmente indicado quando há tentativas de suicídio anteriores, pensamentos persistentes e detalhados sobre o ato ou quando há risco de o paciente não conseguir se proteger de si mesmo. Nessas situações, procurar um hospital ou serviço de emergência é essencial.
Busque ajuda
Se você ou alguém próximo está enfrentando pensamentos suicidas, procure ajuda profissional. O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional gratuito pelo telefone 188. Falar sobre o que sente pode ser o primeiro passo para encontrar novas possibilidades de enfrentamento e recuperação.
Lembre-se: ouvir sem julgamentos e incentivar a busca por ajuda profissional pode salvar vidas.
Rafael Maisonnette de Araujo
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